quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Anoitecemos

Queria encontrar a eternidade,
A moradia fincada em terra,
Raiz que se esvai de nós.
Sob os seus braços repousar
E assim permanecer -
Anoitecer.
Seus braços envolvendo o meu corpo
Que em carne, cru, é inteiro.
Seu.
A luz clara se põem do outro lado,
Distante.
No caminho nosso cheiro se confunde
Homogeniza-se dentro do fim da madrugada
Que não tarda, amanhece.
E a gente se esquece.
Volta a sonhar com os olhos abertos.

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