Meus olhos não
conseguem se soltar.
Aprisionaram-se a
você e a todo esse castelo que construí para nós. A tudo que não ocorreu e que
existiu apenas nas noites estreladas em que dançávamos no céu.
Nós dois.
Sobre o negro céu
que se bordava sob a forma de estrelas coloridas.
As imagens se
formam e se reformam como nuvens na minha mente. Apostando corrida pelo
infinito solar que ainda cabe dentro de mim. Parece que nunca saíram daqui.
Talvez não tenham, realmente.
Talvez a minha
sina seja escrever sobre você. Dedicar-lhe a certeza de caber inteiramente
naquilo que eu julgo ser o meu mais precioso dom.
Meus dedos se
melam com o lápis e o papel e as folhas e o excesso de linhas que se formam ao
meu redor.
E escorregam.
Mas eu insisto. Eu
preciso insistir.
Você me sufoca.
Me sufoca com
doses relativamente leves da sua existência.
Afogo-me no meio
de tudo isso. E acho que gosto.
Gosto muito.
Quanto mais água
eu engulo, mais pesado fica o meu corpo. Que afunda.
Afunda no abismo da imensidão.
Infinitamente.
PUTA QUE PARIU!!!!!!!
ResponderExcluirQue delícia esse teu texto! Consegui me sentir nele demais! Adorei esse blog, vou te ler sempre :) Obrigado, e boa semana!
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